terça-feira, 6 de julho de 2010


Seres infláveis


Vivemos na era dos idiotas felizes
Sorrimos bobos e com cabresto nos olhos vemos o que querem que vejamos
Trocamos nossa consciência pelo conformismo sonso
Negamos o conhecimento em troca de bundas e gozos
O que sai da nossa boca é a escarra de um coração doente
Nossas mentes não são mais nossas
Standartizadas, adulteradas e rebaixadas
Nos tornamos escravos sem dialética
Nossos corpos não nos pertencem
Vitrines frias, etiquetas ambulantes, gaiolas sem pássaros
Sonhamos acordados com o Vazio
Oco, cavo, vácuo não se engane o vazio ocupa espaço
Eternos sonâmbulos errantes
Nossos sonhos são fabricados em série, são os desejos da maioria
Tem enlatados para todas as idades e gostos
- Parque de diversão para os adultos!
- Maçãs do sexo para as crianças!

Compre compre compre porque nós o compramos para isso!
Casca, carapaça, somente pele porosa e arcaica
Esponja do coito sem cosmo, da falácia ouvida, do riso estúpido
Bonecos de ventríloquo da tv, narcisos afogados pelo seu próprio espelho
A imagem nos fabricou a própria imagem e semelhança
Seres infláveis, corpos sem espíritos
O sistema nos mete com lubrificante estereótipos e valores
Lânguidos, usados, suados e descartados
É o que somos!
Massa sem energia
Olhar sem vida
Homens sem fé
Somente pó a mercê do vento
Drogados pela idiotice

B.

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