“Nós (Inglaterra) não entramos em guerra por nenhum motivo sentimental. Duvido que isto tenha acontecido mesmo uma única vez. A guerra é o produto de conflitos comerciais; o objetivo da guerra: impor sobre o inimigo aquelas condições comerciais que se considera necessário para si. Utilizamos todos os pretextos possíveis para a guerra, mas suas verdadeiras causas são sempre questões comerciais. Quer seja alegado que a causa da guerra é para defender, ou a necessidade [de obter], uma posição estatégica, quer seja que tratados tenham sido violados ou motivos similares tenham desempenhado um papel - no final das contas, tudo tem origem em interesses comerciais. Pois o motivo simples, mas decisivo, é que o comércio é o sangue dos nossos corações”.
Aquilo que é, é dito aqui claramente e abertamente: “Nós imperialistas (isto, é claro, também se aplica aos imperialistas alemães) tomamos qualquer pretexto, falamos de defesa, de tratados violados etc., mas o essencial é apenas uma coisa: o dinheiro, os interesses dos capitalistas”. Esta é a pura verdade. Isto é o que são as guerras imperialistas. Causas e pretextos exteriores podem parecer verrosímeis. Um está se “defendendo”, outro está lutando nobremente pela independência de um país, um terceiro está defendendo os interesses da “civilização”, puramente a partir do idealismo, contra “bárbaros russos”.
Na realidade, no entanto, todos lutam pelos interesses de um punhado de magnatas do capital financeiro"
Gregori Zinoviev, Guerras: defensivas e de agressão, 4 de agosto de 1916
Um comentário:
Brunna, na sua opinião não poderia haver guerra, também, pelos interesses dos países socialistas?
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