“Desabituando-se os homens cada vez mais de pensar por si, acabarão por falar unanimemente de nossas idéias, porque seremos os únicos que proporemos novos rumos ao pensamento...”
(Protocolos dos Sábios de Sião)
Sem conseguir dormir, estava agora a pouco a revirar-me inquieta pela cama. São 2h da manhã e a insônia insiste em arrastar-me noite adentro. As ruas da cidade estão vazias e sonolentas, somente um caminhão solitário vai ao longe escondendo o lixo de nossas vidas. Subo os olhos para o céu escarlate de mau agouro, e me entrego a um sorrateiro pensamento..
Minha inquietação tem nome – “PROTOCOLO DOS SÁBIOS DE SIÃO”. Estou lendo aos poucos este cínico tratado que supostamente descreve um maquiavélico projeto dos judeus para dominar o mundo. Acredita-se que primeira versão do manuscrito, tenha surgido na França, em 1864, escrito anonimamente por um advogado francês chamado Maurice Joly. Este livro seria um manual de regras ditado por um governo secreto no mundo para controlar as massas. Somente no inicio do século 20, o obscuro livro foi forjado para desviar nossa atenção dos verdadeiros líderes mundiais e semear injustamente o ódio contra os judeus.
Tirando toda a hipócrita campanha anti-semita presente no Protocolo, fiquei preocupada ao perceber o quão atual é este guia monstruoso. Os protocolos pontuam métodos de controle que a meu ver vem sendo inquestionavelmente postos em prática pelo mundo. E no Brasil não é diferente, silenciosamente vem sendo instauradas em nosso país políticas perversas que não ficam nada a dever ao requinte nefasto dos Protocolos.
Leiam estes pequenos trechos tirados do manuscrito e me digam se não são estranhamente parecidos com a nossa sombria realidade.
“A fim de que nada consigam pela reflexão, nós as desviaremos pelos jogos, pelas diversões, pelas paixões, pelas casas do povo... Em breve, proporemos pela imprensa concursos de arte, de esporte, de toda espécie de coisa alienante: esses interesses alongarão definitivamente os espíritos das questões em que teríamos de lutar com eles”. (Capitulo XIII)
Perdoem-me, mas juro que me lembrei do nosso eterno pão e circo – Carnaval e Futebol. Enquanto os brasileiros têm múltiplos orgasmos com bolas milionárias, bundas cintilantes e reality shows, não percebem ou não se interessam pelo jogo sujo que rola nos bastidores do nosso país.
Desvios, falcatruas, corrupções, redução dos direitos sociais, aumento da repressão, da violência e da intolerância, homogeneização da cultura, privatizações sem fim, interesse pífio na educação, sucateamento da saúde e do transporte público, devastação do meio ambiente, desrespeito com os povos indígenas e com as diferentes culturas, impunidades silenciadas, desigualdade extrema, exploração de menores, aumento da taxa de depressão e suicídio, cidades, pessoas e direitos esquecidos por causa do espetáculo purpurinado que o sistema proporciona, ou melhor, impõe.
E nem vou falar da nossa tão esperada COPA, que sempre e “desinteressadamente” ocorre em paralelo com as ELEIÇÕES. Só de 4 em 4 anos que os interesses do povo e da elite se convergem no campo, pois enquanto o brasileiro trabalhador quase morre do coração neste estranho ritual de patriotismo, a elite torce para que o Brasil vença e a massa ganhe seu quinhão de felicidade alienante, para não prestar atenção em nada que não seja a taça dourada.
Mais coincidências..
“A fim de destruir todas as forças coletivas, exceto as nossas, supriremos as universidades, primeira etapa do coletivismo, e fundaremos outras com um novo espírito. Seus reitores e professores serão preparados secretamente para a sua tarefa por meio de programas de ação secretos e minuciosos, dos quais se não poderão afastar uma linha. Serão nomeados com uma prudência muito especial e serão inteiramente dependentes do governo. (...) Afastaremos da educação todas as matérias de ensino que possam causar perturbação e faremos da mocidade crianças obedientes às autoridades, armando quem os governa, como um apoio e uma esperança para a manutenção da tranqüilidade” (Cap. XVI)
Como não notar o doutrinamento ideológico que ocorre dentro das nossas universidades atualmente? Estas vem sem tornando somente uma ante-sala do sindicato partidário da vez. A liberdade de opinião só é aceita enquanto não se contrapõe aos interesses políticos internos. Até mesmo por trás das manifestações estudantis existe uma força política que as utiliza para obter vantagens para este ou aquele partido.
“Qual é o papel desempenhado pela imprensa hoje em dia?… Ela serve a objetivos egoístas. Ela é com freqüência insípida, injusta, mendaz, e a maioria do publico não faz a menor idéia a respeito dos objetivos realmente servidos pela imprensa. Devemos controlá-la com rédea curta… Nenhum anúncio chegará ao público sem nosso controle. ... Nossos jornais serão de todas as tendências; uns aristocráticos; outros republicanos, revolucionários ou mesmo anarquistas, enquanto existir a constituição, bem entendido. O público nem desconfiará disso. Todos os jornais editados por nós terão, aparentemente, tendências e opiniões as mais opostas, o que despertará a confiança neles e atrairá a eles nossos adversários confiante, que cairão na armadilha e se tornarão inofensivos” (cap. 12)
O sistema de repressão do pensamento já está em vigor no método denominado do ensino pela imagem, que deve transformar os cristãos em animais dóceis, que não pensam e esperam a representação das coisas e imagens, a fim de compreendê-las...” (cap. 16)
Sabemos que os meios de comunicação são os maiores doutrinadores sociais, no Brasil então que 94% destes veículos estão nas mãos de pouquíssimas famílias, esta influência é maior ainda. E os grandes mandatários do poder sabem que detendo o controle da opinião pública praticamente terão em suas mãos todos os processos da politica contemporânea..
Lá vem vindo meu doce Morfeu para me livrar destes pensamentos agourentos. Deixo agora para vocês analisarem por conta e com mais profundidade o restante do Protocolo. E amanhã, por favor, me digam se percebem ou não o quão nossa sociedade vem se tornando um retrato fiel do que é exposto nestas infelizes escrituras.
Atenção para estes trechos:
“É preciso ocorrer à intensificação dos armamentos, o aumento das forças policiais”
“Precisamos que as guerras não dêem, tanto quanto possível, vantagens territoriais. Transportada, assim, a guerra para o terreno econômico, as nações verão a força de nossa supremacia, e tal situação porá ambas as partes à disposição de nossos agentes internacionais, que têm milhares de olhos de que nenhuma fronteira pode deter. Então, nossos direitos internacionais apagarão os direitos nacionais, no sentido próprio da expressão, governando os povos, do mesmo modo que o direito civil do Estado regula as relações entre seus súditos”
“As mentes das massas devem ser desviadas para a indústria e o comércio. Assim, todas as nações serão envolvidas na busca de ganhos”.
“A necessidade do pão quotidiano impõe silêncio e faz deles nossos humildes servidores”
“Para arruinar a indústria dos cristãos, desenvolveremos a especulação e o gosto do luxo, desse luxo que tudo devora . Faremos subir os salários que, entretanto, não trarão proveito aos operários, porque faremos ao mesmo tempo, o encarecimento dos gêneros de primeira necessidade”
B.G
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