quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Homem plástico



Engoliu tanto Vazio que entrou em coma
Comprou tanto que se vendeu
Estudou tanto e nada aprendeu
Trabalhou tanto, mas nada criou
Estranho homem esse,
Que faz tudo, menos o que o espirito quer
Que quer tudo, menos o necessário
Que rir de todos, mas não chora por ninguém
Estranho esse,
Que tem medo de morrer, mas se mata em vida
Que retém o dinheiro, mas joga fora o que de valioso tem
Que sonha os sonhos de todos
Que ama bonecos de plásticos
Que goza insatisfações
Estranho estranho
Por que acorda só para dormir?
Por que perde tempo com inutilidades?
Por que espera dos outros quando só esquenta o sofá?
Por que se maquia quando tua alma mal respira?
Aliás, por que respira? De que vale inspirar sem inspiração?
Por que procura pérolas em um mar de lama, afinal?
Saia da ficção que te impuseram
E se torne verdadeiramente real.

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