sábado, 22 de dezembro de 2018


Muitos sonhos para tao altos muros...la de cima despencavam-se corpos vazios cheio de realidades... cimentados pela indiferença.. empalados pela lança dourada de um mundano deus... Do chão escarlate escorria um lamurioso mar... Onde sereias ecoavam seu canto mistico.. Mitos, ritos, hinos sem espírito, a desenganada odisséia de Ulisses sem lar..
Um anticeu criado pelos donos de sapatos dourados.. Neste avesso de terra, que se enterra ou desterra, vendem-se pedaços de infernos - do mais desertico ao mais coloridos, inebriantes e publicitarios...
Por moedas de lata se tornam seres de isopor..e num afã compram-se a si mesmos em prateleiras do mesmo..
E com velas rasgadas seguem rumo ao ao desolado Nada...

B.G

Jovem...
Arranha, abraça, enlaça e beija tanto o presente e com tal ardor que este arde e transpira eternidade

Na impulsividade de viver o agora não planeja o amanhã nem pensa no ontem. Vive as aspirações do presente que sempre o presenteia com uma nova experiência

O primeiro beijo, o primeiro amor. A primeira mostra de realidade em um mundo que até então era de sonhos e descobertas. O mundo mágico cede espaço a um contraste que teria muito menos brilho se não fosse por aquela magia da imaginação das crianças. Dai então o tempo cede espaço as confusões provocadas pelo próprio corpo e por um mundo que insiste em estar errado. A paixão de mudar o mundo toma conta. "Nada me para", penso. Nem mesmo aquele contraste q insiste em perder o brilho. Uma nova paixão e a vida retoma suas cores quentes e vivas. Aquele modo de tela frio e azulado é substituido pela estonteantes cores de vênus. O encanto se restabelece, a vida retorna ao seu lugar de direito.

Jovem 

O malicioso vento das saias de Marilyn Monroe
A vivacidade dos olhos de um certo pescador de Hemingway...
Os tênis desgastados em comunhão com a Terra..
Na pele da alma o beijo natural de Drummond
Duas taças de vinho encharcadas de céu..
Um relógio entediado que aspira a ser quebrado..

Um verde éden isolado por muros..
A fobia que grita quanda enjaulada por chaves dogmáticas
Um feixe colorido num prisma de vidro rachado..
O fragmento lamurioso de um violoncelo apaixonado..
Os acordes vibrantes de uma guitarra  que nos faz partir a alma..
Um trem mágico descarrilhado indo em direção ao firmamento..

Jovem é colcha de retalhos.. mistura e costura de cabelos aos vento, sardas no rosto, poesia nos olhos, rubor sem causa, vermelho na boca, ideal na alma, pés com asas, chutes no muro, enfado fático, um real pintado de sonho, um paradoxo constante..

É aquele que corre o dia inteiro em busca de si mesmo
E que foge daqueles que o procuram...

Texto solto sobre a juventude. Feito por Gustavo Camargo e B.G